Volto ao tema dos debates televisivos entre os candidatos presidenciais para dizer que só a quadra natalícia me abriu os olhos em relação à estratégia de Cavaco.
A ligação não é extemporânea nem absurda.
É que o Cristianismo mudou a forma de relacionamento com o inimigo.
Sempre que um homem é ameaçado, está-lhe no sangue responder a dobrar. Se tu me dás um murro, eu racho-te a cabeça com uma pedra. Se me dás com um pau, eu espeto-te um garfo nos olhos e removo-te o coração com uma faca enferrujada!
Porém, Jesus Cristo veio mudar tudo isto. Se me bates, eu dou a outra face. E não respondendo a agressões, Jesus baralhou os romanos e introduziu uma profunda mudança na actuação do Homem!
Ora, Cavaco Silva assumiu este paradigma na campanha e nos debates televisivos. Com um esgar de santo recém canonizado transvestiu-se de saco de pancada! Não se crispa, não é deselegante, ignora, não diz nada! Aliás nunca diz nada! E isso é inaceitável em política. E completamente inadmissível e insuportável para Mário Soares. Viu-se no debate!
Por mais que Soares batesse em Cavaco, este dava a outra face com um sorriso malidecente a brilhar nos dentes.
Cavaco não deu luta e Soares afundou-se num remoinho de críticas. Tal como fazem todos os dias os restantes candidatos. E isto está a transformar-se em ruído. Tanta crítica para um homem só começa a provocar cansaço! Será isso que dizem as sondagens?
E Cavaco? Sereno!
Porque Cavaco é mais que um apóstolo!
Cavaco é um novo Jesus Cristo!
Jornalismo, Media, Comunicação e os meus comentários mais ou menos escabrosos sobre o Mundo!
23.12.05
Jornalista do DN arguida por não revelar fontes
Trago hoje aqui mais um sinal da resistência contra a iniquidade de alguns dos nossos magistrados que insistem em tapar a incompetência da investigação!
Desta vez, o procurador do Ministério Público de Faro constituiu como arguida a jornalista do Diário de Notícias Paula Martinheira.
Acusa-a de desobediência ao tribunal, por se ter recusado a quebrar o sigilo profissional.
Paula Martinheira afirmou ao DN que está disposta "a levar esta luta até ao fim" e está a considera levar o caso às instâncias internacionais.
Ver mais em
http://www.dn.sapo.pt/2005/12/23/media/jornalista_dn_arguida_nao_revelar_fo.html
Desta vez, o procurador do Ministério Público de Faro constituiu como arguida a jornalista do Diário de Notícias Paula Martinheira.
Acusa-a de desobediência ao tribunal, por se ter recusado a quebrar o sigilo profissional.
Paula Martinheira afirmou ao DN que está disposta "a levar esta luta até ao fim" e está a considera levar o caso às instâncias internacionais.
Ver mais em
http://www.dn.sapo.pt/2005/12/23/media/jornalista_dn_arguida_nao_revelar_fo.html
6.12.05
"ALEGRE CAVAQUEIRA NA SIC"
É o título do Corrreio da Manhã.
Define em poucas palavras o que aconteceu.
Tem todos os ingredientes de um título excelente.
Correcto, audaz e pertinente.
Define em poucas palavras o que aconteceu.
Tem todos os ingredientes de um título excelente.
Correcto, audaz e pertinente.
DEBATES? RIDÍCULO!!
Afinal teria sido possível colocar em confronto todos os candidatos a Belém.
Bastava ter feito entrevistas individuais a cada um deles e, depois, elaborar uma simples montagem com a imagem de todos organizando-os num mesmo espaço.
Na realidade, estes pretensos debates televisivos - inugurados com Cavaco e Alegre - não são mais que entrevistas individuais.
Um debate presume confronto de ideias, réplica imediata às afirmações do oponente. Capacidade de reacção. Apartes que dão vivacidade ao discurso de ambos. Comentários breves. Interjeições. PROVOCAÇÕES!
Mas o excesso de regras matam o debate.
Castram os próprios intervenientes. Vêem-se ridiculamente forçados a implorar educadamente por uma possibilidade para contra-argumentar!!
Lembram-se do que é um frente-a-frente?! É isso mesmo! Daí o nome!
Só que - agora - até isso mudou.
Um debate entre dois tornou-se um lado-a-lado. Uma colocação cénica onde o olhar se dirige aos entrevistadores e não ao oponente.
Um frente-a-frente presume um olhar frontal. Olhos-nos-olhos.
Em paradigma, o debate jornalístico perfeito seria um confronto em que os intervenientes fossem, somente, orientados para os temas, debatendo eles, de forma viva recorrendo a um discurso que fizesse desvanecer o papel do moderador.
Este modelo de lado-a-lado não é o meu.
Parece uma reunião de conciliação entre partes desavindas.
Podem insultar-se, dirigirem-se os maiores impropérios, mas sempre através do mediador:
- Queira V. Exa. dizer àquele senhor que pretendo ser uma foça de desbloqueio.
- Por favor, transmita ao senhor doutor que não há santos milagreiros.
É constrangedor e confrangedor!
O jornalismo não pede espectáculo, mas sim esclarecimento. Mas pede debate. Verdadeira troca de ideias.
Este modelo só vem complicar aquilo que o jornalismo criara de forma simples...
...Porque o jornalimos é simples, as pessoas é que são complicadas!
Bastava ter feito entrevistas individuais a cada um deles e, depois, elaborar uma simples montagem com a imagem de todos organizando-os num mesmo espaço.
Na realidade, estes pretensos debates televisivos - inugurados com Cavaco e Alegre - não são mais que entrevistas individuais.
Um debate presume confronto de ideias, réplica imediata às afirmações do oponente. Capacidade de reacção. Apartes que dão vivacidade ao discurso de ambos. Comentários breves. Interjeições. PROVOCAÇÕES!
Mas o excesso de regras matam o debate.
Castram os próprios intervenientes. Vêem-se ridiculamente forçados a implorar educadamente por uma possibilidade para contra-argumentar!!
Lembram-se do que é um frente-a-frente?! É isso mesmo! Daí o nome!
Só que - agora - até isso mudou.
Um debate entre dois tornou-se um lado-a-lado. Uma colocação cénica onde o olhar se dirige aos entrevistadores e não ao oponente.
Um frente-a-frente presume um olhar frontal. Olhos-nos-olhos.
Em paradigma, o debate jornalístico perfeito seria um confronto em que os intervenientes fossem, somente, orientados para os temas, debatendo eles, de forma viva recorrendo a um discurso que fizesse desvanecer o papel do moderador.
Este modelo de lado-a-lado não é o meu.
Parece uma reunião de conciliação entre partes desavindas.
Podem insultar-se, dirigirem-se os maiores impropérios, mas sempre através do mediador:
- Queira V. Exa. dizer àquele senhor que pretendo ser uma foça de desbloqueio.
- Por favor, transmita ao senhor doutor que não há santos milagreiros.
É constrangedor e confrangedor!
O jornalismo não pede espectáculo, mas sim esclarecimento. Mas pede debate. Verdadeira troca de ideias.
Este modelo só vem complicar aquilo que o jornalismo criara de forma simples...
...Porque o jornalimos é simples, as pessoas é que são complicadas!
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