O ministro Augusto Santos Silva, responsável pela pasta da Comunicação Social defende que os jornalistas devem ser escrutinados porque são uma fonte de influência e um dos componentes da democracia é o controlo do poder.
A declaração foi proferida no II Seminário Internacional Media, Jornalismo e Democracia, em Lisboa.
O ministro considera que o jornalismo "é um acto de democracia" porque é ele que dá aos cidadãos "os direitos à voz e à informação". Mas lembrou que o jornalismo é também considerado como "o quarto poder ou o quarto do poder".
E é por isso que Augusto Santos Silva defende que "escrutinar o
jornalismo" é "uma condição 'sine qua non' das democracias".
Segundo o ministro dos Assuntos Parlamentares, é necessário "interpelar a definição de agenda" que é, na opinião de Santos Silva, "um dos poderes essenciais" do jornalismo, pois é ele que determina se um acontecimento ou uma declaração é considerado importante e é publicado ou se é menosprezado tornando-se desconhecido do público.
O ministro Santos Silva defende, igualmente, que deve ser verificado o repeito pelos direitos pessoais "e, sobretudo, de personalidade", bem como "o pluralismo de opiniões e a diversidade de correntes".
O governante criticou a forma "desajustada" como "alguns jornalistas se transvestem de comentadores".
Todavia, o ministro defendeu não ser necessário "que os jornalistas actuem como se fossem um corpo estranho ao poder" para controlarem esse poder com imparcialidade.
"Não precisamos que os jornalistas actuem como se qualquer contacto com o poder fosse uma contaminação com lepra (), só precisamos é da capacidade deles se auto-regularem".
(Fonte: Lusa)
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1 comentário:
Não é fácil ser jornalista. Não é fácil ser isento. Toda a gente tem uma "costela" (ainda que inconsciente) a defender. Mas há jornais que abusam da sua "opção" tornando-se uma caricatura do verdadeiro jornalismo.
O espaço que é dado pelos jornais a determinados assuntos também é algo que deve merecer séria ponderação. Contudo, os "tablóides" vivem do expediente de chamar à primeira página assuntos irrelevantes (mas susceptíveis de "escândalo"...) em detrimento de outros, bem mais sérios, quiçá menos "bombásticos"...
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