Jornalismo, Media, Comunicação e os meus comentários mais ou menos escabrosos sobre o Mundo!
19.3.08
Arthur C. Clark
Science Fiction is something that could happen - but usually you wouldn't want it to.
Fantasy is something that couldn't happen - though often you only wish that it could.
Arthur C. Clarke
1917-2008
- Com ele aprendemos que para encontrarmos os limites do possível, temos de nos aventurar um pouco mais para lá e tocar o impossível!
Redenção
18.3.08
Sócrates habla portunhol!!!
Na reportagem cor-de-rosa que a SIC fez com o Primeiro-Ministro, José Sócrates faz um telefonema ao presidente do governo espanhol e tenta falar Castelhano!
O Expresso pediu a uma tradutora que analisasse a conversa.
Imperdível!!!
== Veja o video no contexto do jornal ==
NOTA: Nunca poderíamos fazer uma análise contrária porque Zapatero não tentaria falar português. Como bom espanhol, quem quiser que o entenda!!!!
O Expresso pediu a uma tradutora que analisasse a conversa.
Imperdível!!!
== Veja o video no contexto do jornal ==
NOTA: Nunca poderíamos fazer uma análise contrária porque Zapatero não tentaria falar português. Como bom espanhol, quem quiser que o entenda!!!!
O óbvio!!!
Ilustrar o título "TEMPORAL NA BOLSA" com uma foto de um temporal meteorológico não me parece a decisão mais feliz.
Além de redundante é forçado e despropositado!
Procurei alguma legenda ou explicação que pudesse justificar esta decisão. Talvez uma ironia do destino que tivesse levado um raio a cair no edifício de uma grande instituição financeira!!! Mas não encontrei.
Quando houver uma manchete "BURACO NAS CONTAS DO BANCO X", será que o jornal vai trazer um orifício?!!!
13.3.08
Imagens disparatadas 2
O post anterior recebeu o seguinte comentário anónimo:
"Não é que concorde com a exibição de imagens que nada estão relacionadas com a notícia em si, mas no caso de não as haver, solução?"
A existência de imagens é um dos critérios noticiosos fundamentais em televisão. Por isso, às vezes, a sua inexistência é argumento suficiente para que a notícia não seja dada.
Todavia, é preciso não ignorar o impacto e as repercussões do assunto que constitui a notícia. Por isso, é normal recorrer a imagens de arquivo relacionadas com o tema ou elaborar um gráfico que dê suporte visual ao texto.
Neste caso concreto, a solução pode ser:
1. não damos a notícia
2. damos a notícia a seco (sem imagens), o que deve ser feito só em último recurso e quando o assunto é tão forte que o justifica
3. damos a notícia com um grafismo de apoio (um mapa, por exemplo)
4. usamos imagens de arquivo da cidade/região/local do crime, preferencialmente relacionadas com o assunto (neste caso, o tribunal, a polícia, etc.)
5. Nunca imagens gratuitas com absoluta incogruência porque são um elemento de ruído na mensagem. Amanhã demite-se o treinador do Marítimo e não vamos mostrar o Parlamento regional só porque a notícia se refere à Madeira. Aliás, seria impensável que uma notícia deste género não mostrasse um excerto de um jogo do clube, o estádio, adeptos, algo que lhe seja relacionado directamente.
Este é um dos casos que demonstra aquilo que sempre digo: a imagem é a grande vantagem em televisão, mas é o maior desafio para o jornalista porque ela não deve ser meramente ilustrativa. Deve contar o mais possível a história. Mas, sozinha, nada vale porque a imagem é polissémica e a interpretação não deve ser deixada ao livre arbítrio do receptor sob pena de descodificação aberrante. A imagem precisa sempre de uma leitura orientada.
"Não é que concorde com a exibição de imagens que nada estão relacionadas com a notícia em si, mas no caso de não as haver, solução?"
A existência de imagens é um dos critérios noticiosos fundamentais em televisão. Por isso, às vezes, a sua inexistência é argumento suficiente para que a notícia não seja dada.
Todavia, é preciso não ignorar o impacto e as repercussões do assunto que constitui a notícia. Por isso, é normal recorrer a imagens de arquivo relacionadas com o tema ou elaborar um gráfico que dê suporte visual ao texto.
Neste caso concreto, a solução pode ser:
1. não damos a notícia
2. damos a notícia a seco (sem imagens), o que deve ser feito só em último recurso e quando o assunto é tão forte que o justifica
3. damos a notícia com um grafismo de apoio (um mapa, por exemplo)
4. usamos imagens de arquivo da cidade/região/local do crime, preferencialmente relacionadas com o assunto (neste caso, o tribunal, a polícia, etc.)
5. Nunca imagens gratuitas com absoluta incogruência porque são um elemento de ruído na mensagem. Amanhã demite-se o treinador do Marítimo e não vamos mostrar o Parlamento regional só porque a notícia se refere à Madeira. Aliás, seria impensável que uma notícia deste género não mostrasse um excerto de um jogo do clube, o estádio, adeptos, algo que lhe seja relacionado directamente.
Este é um dos casos que demonstra aquilo que sempre digo: a imagem é a grande vantagem em televisão, mas é o maior desafio para o jornalista porque ela não deve ser meramente ilustrativa. Deve contar o mais possível a história. Mas, sozinha, nada vale porque a imagem é polissémica e a interpretação não deve ser deixada ao livre arbítrio do receptor sob pena de descodificação aberrante. A imagem precisa sempre de uma leitura orientada.
12.3.08
Imagens disparatadas!!!
Acabo de ver na SIC um Off (notícia dita pelos apresentadores) sobre um crime na Madeira em que um jovem terá assassinado um idoso de 83 anos.
Como não havia imagens específicas sobre o assunto, o recurso foi o óbvio: imagens de arquivo sobre a região autónoma.
Exteriores de ruas e avenidas? Não!
Talvez uma esquadra de polícia... Também não!
Ah! O tribunal, quiçá... Tsss!! Não!
A notícia sobre o crime foi ilustrada com imagens... do PARLAMENTO REGIONAL DA MADEIRA!!! Do interior!! Com deputados!!!
1.3.08
"Será isto jornalismo?"
Imagine-se espectador de televisão.
Está a ver as notícias sobre os comícios da campanha eleitoral do seu país.
Só que essas imagens e os excertos das declarações não foram escolhidas pelos jornalistas.
Foram fornecidas pelos partidos.
Pensa, legitimamente, que vive num país agrilhoado por um regime anti-democrático!!!
Não!!!
Isto passa-se em Espanha!!!
Leia o artigo do Expresso, de hoje, que tem o título "Será isto jornalismo?"
Questiona as regras impostas na cobertura da campanha eleitoral espanhola.
Escreve Angel Luis de la Calle:
«Os partidos fazem de jornalistas ao seleccionarem, de forma interessada, a mensagem que querem fazer chegar ao público».
O artigo denuncia, igualmente, algo que já abordei: o hábito das declarações sem direito a perguntas. A resignação do jornalista a mero pé de microfone.
A este propósito, veja-se Fenómeno das 20h (4.11.95)
Está a ver as notícias sobre os comícios da campanha eleitoral do seu país.
Só que essas imagens e os excertos das declarações não foram escolhidas pelos jornalistas.
Foram fornecidas pelos partidos.
Pensa, legitimamente, que vive num país agrilhoado por um regime anti-democrático!!!
Não!!!
Isto passa-se em Espanha!!!
Leia o artigo do Expresso, de hoje, que tem o título "Será isto jornalismo?"
Questiona as regras impostas na cobertura da campanha eleitoral espanhola.
Escreve Angel Luis de la Calle:
«Os partidos fazem de jornalistas ao seleccionarem, de forma interessada, a mensagem que querem fazer chegar ao público».
O artigo denuncia, igualmente, algo que já abordei: o hábito das declarações sem direito a perguntas. A resignação do jornalista a mero pé de microfone.
A este propósito, veja-se Fenómeno das 20h (4.11.95)
O recente debate entre Zapatero e Rajoy teve, igualmente, tantas regras, que o moderador nem era necessário porque se limitou a lançar os temas e a controlar o relógio!!!
QUE HAZCO!!! :-b
Gente com bom senso na Justiça
Finalmente mais uma efabulação do Ministério Público caiu por terra.
O vergonhoso processo contra os jornalistas do 24 Horas vai ficar por aqui.
O Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa decidiu não pronunciar os jornalistas do jornal "24 Horas" Joaquim Eduardo Oliveira e Jorge Van krieken no âmbito do caso "Envelope 9".
Pena é que não haja quem exija responsabilidades nesta matéria! Afinal, o caso não era o acesso dos jornalistas aos ficheiros mas sim como é que aqueles dados estavam ali?
O ex-Presidente da República, Jorge Sampaio, perguntou. Alguém respondeu a sério... e respondeu por isso?
Dois anos depois, mais uma vitória para a liberdade de imprensa!
Ver, a propósito: VEIA LITERÁRIA NO MINISTÉRIO PÚBLICO
http://jornalismosimples.blogspot.com/2006_09_01_archive.html
http://jornalismosimples.blogspot.com/2006_09_01_archive.html
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